Você já parou para pensar como seres vivos tão pequenos como os microrganismos influenciam em nossas vidas? O 4º Ano está aprendendo que, além de serem microscópicos, há microrganismos do “bem” e do “mal”.

Para aprofundar esse estudo, as professoras Kamila P. Pavi e Stefani A. Bosco prepararam, ao longo do mês de março, diferentes momentos de aprendizagem, onde perguntas como: “Onde os microrganismos estão? Do que se alimentam? Como se reproduzem? Quais são os microrganismos do “bem”? Existem microrganismos responsáveis pela produção de alimentos?” foram sendo respondidas através de algumas experiências vividas.

A primeira experiência foi realizada no laboratório de Ciências, onde foram preparadas algumas misturas com água e amido de milho para observar a proliferação dos microrganismos. Em alguns recipientes foi colocado óleo de cozinha e vinagre; em outro, não foi adicionado nada e outro foi apenas colocado na geladeira. Quatro dos recipientes foram cobertos e apenas um ficou em contato direto com o ambiente. Na experiência seguinte, os alunos colocaram uma fatia de pão e uma laranja em dois potes e adicionaram água. Estes foram fechados e colocados dentro do armário, sem contato com a luz solar.

Após duas semanas, as crianças observaram que foi surgindo um bolor em alguns potinhos. Mas, porque em outros não? Com o estudo, chegaram à conclusão que o vinagre, por conter ácido acético, não permite o surgimento de microrganismos e compreenderam que o azeite é uma espécie de conservante, não deixando com que estes entrem em contato com o alimento. Também perceberam que os microrganismos estão em toda parte e que se reproduzem rapidamente em lugares úmidos, independente de luz solar ou não.

Mas, e os microrganismos do “bem”? A turma compreendeu que eles estão presentes na produção de iogurtes, queijos, vinhos e vinagres e, ainda, nas vacinas! Para isso, foi convidada a enfermeira, estudante de Logosofia e mãe de uma aluna da turma, Jussara Valentini, para que dividisse seu conhecimento sobre o tema. Ela abordou vários aspectos que atraíram a atenção das crianças: como é a fabricação de vacinas, como surgiu a primeira vacina, a importância da vacinação, lugares ideais para vacinar e, ainda, falou sobre algumas doenças, explicando que, diferente do antibiótico, a vacina é uma prevenção.

Este estudo proporcionou muitos movimentos e, entre eles, a professora de Ciências do Ensino Fundamental 2, Cássia Sacchet, colaborou com a turma em uma aula no laboratório. Assim, as crianças puderam perceber que mesmo sendo um ser vivo tão pequeno, os microrganismos podem ser visualizados com o microscópio.

Além de conversar sobre a função dos microrganismos para o meio ambiente, as crianças viram alguns métodos de conservação, tais como a imersão e defumação. E a função dos microrganismos no fermento? Nada melhor do que uma experiência na cozinha para fixar o conhecimento!

Ao trabalhar a diferença entre os fermentos químico, biológico e artesanal, as crianças estudaram como o fermento faz a massa crescer. Assim, prepararam um pão com e outro sem fermento, observando que o fermento interfere na consistência do pão, tornando-o maior e macio. “Nossa, professora! Um ficou uma pedra e outro ficou tão macio!” manifestou, admirada, a aluna Eduarda Maldaner.

E para complementar o estudo, a turma ainda fez uma reflexão sobre onde, em nossa vida, precisamos colocar fermento. E as respostas vieram: “No conhecimento, na vontade, na alegria, [...]”

“Foi um estudo intenso em que a turma participou ativamente, perguntando, argumentando, observando e registrando em todas as etapas realizadas”, manifestou a Professora Kamila, regente da turma.