4º Ano relaciona passado e presente estudando os indígenas
Ao estudar a História do Brasil e seus primeiros habitantes - os índios -, as crianças do 4º Ano compreenderam que o conhecimento sobre os indígenas envolve muito mais do que arco e flecha, ocas e cocares. Fizeram muitas descobertas, entre elas que os indígenas brasileiros pertenciam a dois grandes grupos, os Jê e os Guarani e que cada tribo tinha suas peculiaridades.
Percebendo o interesse das crianças, as professoras Kamila Pavi e Daniela Almeida Farias, realizaram um trabalho sobre os indígenas de Santa Catarina. Cada cada criança pesquisou, elaborou um cartaz e apresentou sobre uma tribo catarinense específica: Guarani, Carijós, Xokleng, Kaingang e os Bugreiros.
As crianças analisaram diferenças e semelhanças entre as tribos e aprenderam muito sobre elas: “Além do Brasil, os Guaranis habitavam o Paraguai, Uruguai e Argentina”. “Os Guaranis, consideravam o mundo mau e na busca da ‘terra sonhada’, encontraram Santa Catarina”, destacaram os alunos Bernardo Barozzi e Rogernei de Paula Filho. “Os carijós habitavam o litoral catarinense e foram os primeiros a realizar o escambo com os portugueses. Eles tinham a pele mais clara que os demais índios de outras tribos e eram ótimos arqueiros”, explicaram os alunos Lucas Piaz e Igor do Nascimento. “Os Xokleng dividiam entre eles tudo o que caçavam e o pinhão era o principal alimento. Eles eram nômades e caminhavam entre o Paraná e o Rio Grande do Sul”, falou o aluno Bernardo Rigon. “Os Bugreiros não eram índios. Eram homens especializados em caçar índios. Eles ficaram conhecidos assim, porque os imigrantes portugueses chamavam os índios de bugres”, explicaram os alunos Lucas Pit e Paola Miolo.
Para relacionar passado e presente, a turma recebeu a visita de dois índios da tribo Toldo Imbú, de Abelardo Luz (SC), que explicaram sobre a preservação da cultura indígena através da alimentação e do artesanato, falaram sobre o trabalho da FUNAI e a rotina dos índios, que também estudam, inclusive no ensino superior.
Além de aprofundar e conhecer um pouco mais da cultura indígena, as crianças puderam acima de tudo, fazer a união dos tempos, visualizar que “aquela ideia” de índios vivendo em ocas, caçando, dançando, mudou e que hoje eles tentam preservar essa cultura através de outras formas, pois como disse o ex-cacique: “nós precisamos acompanhar a evolução”.